terça-feira, 11 de maio de 2010

Está a chegar o livro do campeão


UM CAMPEÃO…

Há quanto tempo não se descobria um Benfica assim? Jorge Jesus, o treinador, rompeu com o passadismo castrante. Jorge Jesus recuperou o passado glorioso. A equipa falou à Jesus? Jesus falou sempre à equipa. Não permitiu que exibisse vestígios de negligência, não permitiu que exibisse vestígios de petulância. O Benfica foi melhor equipa, porque Jesus lhe deu um cunho proletário, porque Jesus lhe deu um cunho combativo. O resto ficou, lancinantemente, por conta da arte, do talento, da erudição.
Benfica Campeão Com História é um exercício de consagração. Exalta os fautores do título 2009/2010, aclama os promotores dos mais sublimes episódios da história. Campeão e história. Juntas, as palavras não soam tão mais belas? E adicionando Benfica? “Benfica Campeão (Com) História”. Três vocábulos para embalar o sonho, uma frase para legendar o sonho vermelho da eternidade.

… COM HISTÓRIA

Foram Eusébio ou Coluna. Como antes, Francisco Ferreira ou Rogério. Antes ainda, Vítor Silva ou Espírito Santo. Mais tarde, Humberto Coelho ou Chalana. Foram as chuteiras mágicas. O carisma magnético. As conquistas avassaladoras. Os artistas da bola, os poetas do jogo, os heróis do povo.
Cem jogadores para cem anos de história. Sem renitência e sem temor. Também sem esforço, mas talvez com pecado, pequeno que seja, mas sempre pecado. Não há, não pode haver, duas escolhas iguais. Esta é a minha, alicerçada em muitas horas de leitura das escrituras garridas, no saldo das tertúlias berrantes, na observação directa das façanhas rubras. Não é, longe disso, um trabalho magno, mas é, imodestamente, um trabalho que não há, que não havia.

JOÃO MALHEIRO
Jornalista de profissão, trabalhou no jornal O Jogo, Rádio Clube do Porto, Rádio Comercial, RTP, RDP/Antena 1 e TSF. Na actualidade, desenvolve a sua actividade na SIC e no Destak. Foi seis vezes Prémio Gandula, Prémio Cândido de Oliveira e Prémio Fernando Vaz, distinções atribuídas pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol.
Foi director de Comunicação do Sport Lisboa e Benfica, de Novembro de 2000 a Dezembro de 2003. Escreveu Eusébio – A Minha História; As Estrelas, volume do livro oficial do centenário do Benfica; Memorial Benfica, A Idade da Bola e Benfica 100 Momentos; Crónicas de Futebol e Bem-Dizer I e II, 365 Razões Para Ser Benfiquista e O Império Vermelho.

O livro foi apresentado ontem no Estádio da Luz e estará disponível no final desta semana.
O autor estará na Feira do Livro de Lisboa para autografar as suas obras, no sábado dia 15, a partir das 18:00h, junto ao stand da QuidNovi (C 08).

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Maria Antonieta Preto estará amanhã na Feira do Livro de Lisboa

Depois da estreia na difícil e arriscada arte do conto com Chovem Cabelos na Fotografia, livro que foi saudado pela crítica como «um rubi [que] brilha e brilhará na noite e no dia da literatura portuguesa contemporânea e futura», Maria Antonieta Preto regressa com um novo livro que retoma o estilo poético e singular no tratamento de alguns dos temas que lhe são caros: o universo feminino e rural, o universo simbólico telúrico de um mundo em vias de extinção, o amor, a morte, a liberdade, a violência doméstica, a violência para com a Natureza (não será arriscado dizer que estamos perante a autora mais ecologista do nosso actual panorama literário).
Continuando a conduzir-nos por esse universo que é só seu, «em que o sangue se mistura com impossíveis pétalas de rosa», e não abandonando por completo a geografia afectiva do seu Alentejo natal que dominava o livro anterior e se tornou uma marca indelével na sua obra, Maria Antonieta Preto sai, neste A Ressurreição da Água, para outras geografias exteriores e interiores, que se transformarão em outros tantos locais inesquecíveis para quem os vier a ler.

MARIA ANTONIETA PRETO nasceu na terra onde contou estrelas em todos verões até aos 11 anos e onde o silêncio é ainda um paraíso: Baixo Alentejo. Estudou Comunicação Social. Continua a estudar comunicação e os fragmentos do mundo. É jornalista free-lancer. Tem trabalhos jornalísticos publicados na revista DNA do Diário de Notícias, no semanário Tal&Qual e no jornal 24 Horas. Tem contos publicados em jornais, revistas e antologias. Em 2004 publicou
o seu primeiro livro de ficção, Chovem Cabelos na Fotografia. Em 2005 foi finalista do prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores.

A autora estará amanhã, dia 8, na Feira do Livro de Lisboa para uma sessão de autógrafos junto ao stand da QuidNovi (C 08), às 16 horas, juntamente com Miguel Real.