Depois da estreia na difícil e arriscada arte do conto com Chovem Cabelos na Fotografia, livro que foi saudado pela crítica como «um rubi [que] brilha e brilhará na noite e no dia da literatura portuguesa contemporânea e futura», Maria Antonieta Preto regressa com um novo livro que retoma o estilo poético e singular no tratamento de alguns dos temas que lhe são caros: o universo feminino e rural, o universo simbólico telúrico de um mundo em vias de extinção, o amor, a morte, a liberdade, a violência doméstica, a violência para com a Natureza (não será arriscado dizer que estamos perante a autora mais ecologista do nosso actual panorama literário).
Continuando a conduzir-nos por esse universo que é só seu, «em que o sangue se mistura com impossíveis pétalas de rosa», e não abandonando por completo a geografia afectiva do seu Alentejo natal que dominava o livro anterior e se tornou uma marca indelével na sua obra, Maria Antonieta Preto sai, neste A Ressurreição da Água, para outras geografias exteriores e interiores, que se transformarão em outros tantos locais inesquecíveis para quem os vier a ler.
MARIA ANTONIETA PRETO nasceu na terra onde contou estrelas em todos verões até aos 11 anos e onde o silêncio é ainda um paraíso: Baixo Alentejo. Estudou Comunicação Social. Continua a estudar comunicação e os fragmentos do mundo. É jornalista free-lancer. Tem trabalhos jornalísticos publicados na revista DNA do Diário de Notícias, no semanário Tal&Qual e no jornal 24 Horas. Tem contos publicados em jornais, revistas e antologias. Em 2004 publicou
o seu primeiro livro de ficção, Chovem Cabelos na Fotografia. Em 2005 foi finalista do prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores.
A autora estará amanhã, dia 8, na Feira do Livro de Lisboa para uma sessão de autógrafos junto ao stand da QuidNovi (C 08), às 16 horas, juntamente com Miguel Real.
livros que se lêem e nunca se acabam de ler. um prazer repetido a cada releitura.
ResponderEliminarpor mais que se leiam nunca se leram completamente, há sempre mais a descobrir.
extraordinária escritora e escrita
Uma escritora brilhante como é a água no alto Verão. Uma ternura.
ResponderEliminarEduardo B. Pinto