O destino é uma fera na selva, que prepara o salto para nos atacar quando menos esperarmos. Pelo menos é isto que John Marcher acredita que o seu particularíssimo destino lhe reserva. Algo de avassalador, como um terramoto, algo que o distingue e que torna a sua vida – à espera do salto da fera – diferente da de todos os outros mortais…
Esta pequena novela de Henry James, justamente considerada um dos momentos mais altos da sua obra, trata os temas universais do amor, da solidão, da morte e do sentido da vida de uma forma surpreendente e inesquecível para qualquer leitor que se tenha alguma vez cruzado com ela. Tal foi o caso de Patrícia Reis, que assina o prefácio em forma de carta ao autor desta e de muitas outras obras que a marcaram.
Uma pérola, um clássico e uma meditação sobre a vida e a forma de a ganharmos ou perdermos nos gestos e nos sentimentos de cada dia.
HENRY JAMES nasceu em Nova Iorque a 15 de Abril de 1843 e morreu em Londres em 28 a Fevereiro de 1916. Filho de um dos mais destacados intelectuais americanos de meados do século XIX, foi educado em
vários países europeus, tendo acabado por desistir de Direito para se dedicar por inteiro à literatura. Autor de ficção, teatro e de crítica e teoria literária, é considerado um dos expoentes máximos do realismo literário oitocentista, contando-se entre as obras mais conhecidas da sua vasta produção o romance Retrato de Uma Senhora (1881), contos e novelas como Daisy Miller (1879), A Volta no Parafuso (1898), O Desenho no Tapete (1896) ou A Fera na Selva (1903) ou ensaio como A Arte da Ficção (1884). Criando frequentemente na sua obra ficcional personagens americanas que se confrontam com o «velho continente», ele próprio viveu cerca de 40 anos da sua vida em Inglaterra, tendo pedido e obtido a cidadania britânica, indignado pelo não envolvimento imediato dos Estados Unidos na I Guerra Mundial, em 1915, um ano antes de morrer.
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